terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Eu sei o que vocês fizeram no Natal passado

Os amigos da mãe do Anão resolveram se reunir para fazer uma festa pré-Natalina para seus filhos. O objetivo da festa era que as crianças entregassem suas cartinhas para o bom velhinho.
Festa pronta, criançada reunida, lá foi o Graciel, ídolo da criançada, aquele que fica a festa inteira entretendo a galerinha e para o qual não existe tempo ruim, se fantasiar de Papai Noel. Colocaram o pobre num quartinho, num calor de 30 graus, para que ele pudesse encarnar a figura Natalina. Arrumaram fantasia, maquiagem, óculos, peruca, barba branca e almofadas. MUITAS almofadas. Vale a pena dizer que o Graciel é um cara esbelto e magrinho. Mas ele encarou as almofadas na boa. Saiu pela porta dos fundos e subiu pelo elevador social, com um sacão vermelho nas costas, tocando um sininho. Quando ele entrou foi um frenesi  Umas crianças gritaram felizes: " Papai Noel!!!"  E correram para ver. Outras gritaram aterrorizadas: " Papai Noel!!!" e abriram a boca a chorar. 
O Anão olhou bem e falou para mãe: " Mas mãe, esse aí é o GRACIEL!". A mãe se ajoelhou e pediu encarecidamente que o Anão não falasse nada, por que as crianças acreditavam que aquele era o verdadeiro papai Noel. E que eles iam entregar a cartinha e que se ele falasse, estragava o Natal de "todos" (a mãe do Anão é muito dramática). O Anão fez aquela cara de " Deixa comigo" e foi pegar sua cartinha. Na sua vez de entregá-la para o Papai Noel, ele falou baixo e meio de lado: "Oi Papai Noel! Eu sei quem você é. E eu sou ruim de guardar segredo." 
Ho, Ho, Ho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Você acredita em Papai Noel?

A mãe não sabia ao certo se o Anão acreditava no Papai Noel. Afinal, algumas histórias que serão contadas aqui no Blog de Natal irão corroborar para que ela tivesse essa dúvida. Apenas para certificar-se e entrar no clima, ela perguntou para ele: "Você acredita em Papai Noel?". E o Anão com um olhar meio surpreso pela pergunta, que até parecia óbvia: " Claro que acredito!" . A mãe se surpreendeu e se animou: " Ah, então o que você acha que ele vai te dar de presente? Podemos escrever.." e o Anão interrompeu, exasperado: " Mãe, Papai Noel não vai me dar nada. Quem me dá presente são vocês. Papai Noel tá muito ocupado trabalhando no shopping." 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Natal chegou!

Quando chega dezembro, tudo muda. As pessoas ficam mais felizes, se reúnem, celebram. Bate um Espírito Natalino dentro de cada coração. Pelo menos é o que o Anão pensa. O Natal é época de férias, de encontrar com o primo, de ver a bisa, de ir pro Rio de Janeiro ver as tias e o avô. " Só não esqueçam o Stitich!", ele pede. Pedido atendido, malas prontas, lá vai o Anão curtir suas férias na Cidade Maravilhosa.
Geralmente o Anão passa o Natal em São Paulo e o Ano Novo no Rio de Janeiro. Assim, nenhum dos lados da família se priva de sua presença ilustre. A única vez que ele passou o Natal e o Ano Novo no Rio de Janeiro, foi quando sua bisavó completou 90 anos. E ele tinha 3 anos e meio quando isso aconteceu. Anteciparam o Natal em São Paulo, para dia 23 e quando ele chegou no Rio de Janeiro, na véspera de Natal a bisa muito feliz só dizia: " Benzinho, daqui a pouco o Natal vai chegar! Já é quase Natal!" e todo mundo que chegava dizia: " Olha, daqui a pouco é Natal! O Natal vai chegar! Dorme um pouco de tarde. Descansa. Prá você ver o Natal chegar." A mãe falou, a tia falou, a avó falou. No meio da tarde a tia Cotinha chegou cheia de presentes e falou também. Mas quem disse que o Anão queria dormir? Ele queria ver o Natal chegar! Tão esperado Natal! Que importava se estava 42 graus na sombra? Se estava chovendo? Se estava uma confusão que até o pai surdo do Anão tava ouvindo coisas? Tudo era festa pro Anão e para os demais por tê-lo ali.
E foi assim, cansado, que o Anão mal conseguia abrir os olhos as 23h30. Todos mexendo com ele prá que não dormisse e esperasse dar meia-noite. O primo-tio do Anão já tinha ligado duas vezes. Preso no trânsito pedia para que não deixassem ele dormir, que já tava chegando!
E, às 23h45, o primo-tio sobe afobado, toca a campainha e de lá de dentro só ouve uma voz que fala quase em triunfo: " Olha! O NATAL CHEGOU!" . O primo nem atravessou a porta, deu de cara com o Anão, que após proferir suas palavras já dormia sorrindo no braço da mãe.